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  • Leve nos trilhos e na consciência: VLTs podem ser uma saída para a salvação do meio ambiente

    VLTs e ônibus emitem menos CO₂ e transportam uma capacidade de passageiros muito superior a carros e motos Por Arthur Guilherme Julia Batista Magno Oliveira Na capital mais verde do país, investir em Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e até ônibus urbanos ainda pode ser a salvação do meio ambiente. Isso porque, de acordo com dados do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP), da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de João Pessoa (CBTU-JP), revista Moto.com.br e do blog Fiat Amazonas, a queima de combustível gerada por cada pessoense em um quilômetro gera cerca de 13 gramas de CO₂ em VLTs , 95 gramas em motos, 70 gramas em carros e 79 gramas de CO₂ em ônibus. O número de pessoas transportadas é uma grande chave nesse cálculo. Apesar de um ônibus urbano consumir aproximadamente 95,24 litros de diesel para percorrer 200 km, o veículo transporta em média 70 passageiros diariamente. No caso dos VLTs, o transporte utiliza apenas 72 litros de biodiesel por dia para 180 km, com capacidade para até 600 passageiros. Efeito estufa Segundo a ambientalista Andréa Porto Sales, “quando passamos a queimar combustível fóssil para produzir energia, começamos a enviar gases como metano, óxido nitroso e dióxido de carbono para a camada que faz contato com a superfície terrestre. Os gases, por não conseguirem ultrapassar essa camada, provocam um efeito estufa, que permite a entrada da luz do sol e impossibilita a saída do calor”. Um processo que acontece desde a civilização industrial, há mais de 250 anos, e que, com a popularização dos carros, viagens de avião e aumento da produção industrial, acelerou ainda mais. Mesmo que toda população de João Pessoa resolvesse parar de emitir os gases ruins imediatamente, eles demorariam anos para serem dissipados. Um exemplo é o dióxido de carbono (CO₂), considerado o principal contribuinte para o aquecimento, ele pode permanecer na atmosfera por, pelo menos, 100 anos. No entanto, a ambientalista afirma que há possíveis soluções: investir em transporte público de qualidade e reduzir os clorofluorcarbonetos (CFCs), compostos que causam o buraco na camada de ozônio. Buraco na camada de ozônio “Eu continuo com esperanças pois conseguimos reduzir o buraco na camada de ozônio quando diminuímos o clorofluorcarboneto, porém, as mudanças precisam ser iniciadas urgentemente, e investir em transporte público de qualidade é essencial. As soluções já existem, são simples, baratas e populares”, disse Andréa. Qualidade e segurança são dois dos principais fatores que levam a população a evitar o uso dos transportes públicos. A estudante Ana Sara testemunhou isso depois que a mãe foi vítima de cinco assaltos em ônibus de João Pessoa. Desde então, o pai dela passou a levá-la diariamente à universidade e à igreja, o que resulta em um gasto de aproximadamente 79,5 litros de gasolina comum e quase R$ 450,00 por mês. "Durante a semana, meu pai me leva à universidade de carro. Somos só eu e ele, e o custo é praticamente o mesmo que eu pagaria em passagens de ônibus durante todo o mês sem o direito à meia-passagem. Além disso, há um histórico familiar de assaltos em ônibus; minha mãe já foi assaltada cinco vezes. Então, há também toda uma questão de segurança", afirmou a estudante. A implementação de um sistema de transporte público de qualidade incentivará as pessoas a deixarem seus carros em casa com maior frequência, resultando em uma mudança no padrão de urbanização que atualmente se baseia na impermeabilização do solo. Com isso, a quantidade de áreas cobertas por concreto na cidade será reduzida, resultando em um ambiente mais verde e sustentável.

  • Doenças mentais no pós-pandemia: saúde mental e seus desafios

    Por Ana Sarah Melo Isla de França Maria Clara Marques Com a sociedade ainda enfrentando os impactos que a Covid-19 deixou, uma questão gerou inquietação no cenário Pós-Pandêmico: o aumento de doenças mentais. O medo de se infectar e transmitir o vírus para as pessoas próximas permanece, além de sentimentos como tristeza e solidão devido às memórias do confinamento, afetaram diretamente o bem-estar emocional da população brasileira. “Houve um aumento de doenças psiquiátricas, a saúde das pessoas ficou bem comprometida até os dias atuais” afirma a entrevistada, a médica Rebeca Rocha, que atua no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa. Durante o período de isolamento social, foram deixadas marcas profundas e persistentes em cada indivíduo. Desconfiança, incerteza e medos, entre outros vários problemas de saúde mental afetaram comunidades do mundo inteiro. Muitas pessoas passaram por perdas, o que agrava esse cenário. Houve uma privação de velar seus entes-queridos, um luto em um contexto totalmente atípico e duradouro. No Brasil, ao contrário de países como a Inglaterra, por exemplo, onde o número de doenças mentais diminuiu, a frequência já se encontrava alta. Foi comprovado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) que mais de 4 entre cada 10 brasileiros tiveram problemas para lidar com a ansiedade durante este período e quem já tinha essa condição piorou drasticamente. Aumento de 90,5% nos dados de depressão De acordo com estudo feito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), houve um crescimento de 90,5% nos casos de depressão desde o início do isolamento social no Brasil. Os sistemas de Saúde Mental já estavam sobrecarregados antes da pandemia, mas após o aumento desses casos houve uma demanda além do limite. As limitações de mobilidade durante esse período dificultaram o acesso da sociedade aos Serviços de Saúde Mental, comprometendo a qualidade do atendimento prestado e contribuindo gradativamente para um sistema de saúde insustentável. Com o crescimento das demandas, os profissionais de saúde tiveram que enfrentar condições desafiadoras em relação a esse trabalho, acarretando a dificuldade para atender novas demandas e manter uma qualidade no atendimento. As consequências são significativas tanto para quem presta o serviço, quanto para os pacientes que dependem desse tipo de atendimento para manter uma saúde mental equilibrada. Aumento de 25% na prevalência da ansiedade e depressão A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta durante a pandemia para todos os países intensificarem seus serviços de saúde e de apoio à saúde mental. A pandemia de Covid-19 desencadeou um aumento de 25% na prevalência de ansiedade e depressão em todo o mundo, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e 65% dos países relataram suspensão nos serviços essenciais de saúde mental e uso de substâncias em 2020. Esse índice caiu para 14% no início de 2023. 0 O aumento não só nos casos de ansiedade e depressão, mas também de outros transtornos mentais que tiveram seu início durante a pandemia e se estenderam até o período pós-pandemia, pode ser atribuído às mudanças bruscas na vida e no trabalho das pessoas que, por consequência, trouxeram impactos para a saúde mental. Nós, seres humanos, precisamos interagir com outras pessoas, precisamos da socialização e do convívio com o outro, o que dificultou e se tornou não recomendável no período pandêmico. De certa forma, eram previsíveis os efeitos que esse isolamento teria nos indivíduos. Contudo, mesmo quando o perigo maior havia passado e grande parte da população já retornava para as suas rotinas, muitas pessoas ainda se viram ansiosas e temerosas sobre se seria realmente seguro retornar às suas atividades rotineiras. Esse é um reflexo claro de como todo o pânico gerado teve efeito sobre a sociedade. “Síndrome da gaiola” Outro fenômeno que se tornou bastante conhecido foi a chamada “síndrome da gaiola”, “síndrome da cabana”, ou “síndrome do caracol”. Não é uma doença ou transtorno mental, mas é causada pelo distanciamento social prolongado que gera um estresse adaptativo nas pessoas fazendo-as passar por dificuldades emocionais ao ter que sair de sua casa e voltar às atividades presenciais, seja na escola, no trabalho, no comércio, nas consultas médicas ou na ida ao banco. São pessoas que, diante da flexibilização das medidas de segurança, com o fim do distanciamento social, sentem-se ameaçadas, inseguras e com medo de sair de casa. A realidade pós-pandemia A coordenadora da Comissão Nacional de Enfermagem em Saúde Mental (Conasem/Cofen), professora Dorisdaia Humerez, afirma que “o aumento nos transtornos ansiosos e depressivos é uma tendência dos últimos anos, mas atingiu patamares muito mais alarmantes após a crise sanitária”. Saúde mental não significa apenas a ausência de transtornos psicológicos, mas sim ao bem-estar dos indivíduos, que está diretamente ligado ao comportamento deles. As sequelas da Covid-19 foram tão fortes que há quem diga que se vive uma segunda pandemia, agora das emoções. Durante esse período, houve diversos profissionais que ofereceram descontos no valor de suas sessões devido a tudo que estava acontecendo, além disso, o serviço online avançou bastante nessa área também. Em muitas ocasiões, aquele atendimento online com um psicólogo era o primeiro momento em que alguém que mora sozinho estava interagindo com outras pessoas durante a semana inteira. Ainda há um longo caminho a ser percorrido e melhorado pois, a banalização dos transtornos mentais ainda existe, basta abrir os comentários de alguma publicação nas redes sociais que retrate o tema para ver o desconhecimento e o preconceito das pessoas acerca desse tema tão primordial. Fontes: https://www.cofen.gov.br/brasil-enfrenta-uma-segunda-pandemia-agora-na-saude-mental/ https://www.clinicadagavea.com.br/post/casos-de-tentativas-de-suicidio-crescem-durante-a-pandemia https://www.bridgemi.com/michigan-health-watch/higher-suicide-risk-during-coronavirus-michigan-makes-plans-help https://www.bridgemi.com/michigan-health-watch/higher-suicide-risk-during-coronavirus-michigan-makes-plans-help https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2022/10/como-a-pandemia-de-covid-19-afetou-a-saude-mental-dos-brasileiros https://jornal.usp.br/atualidades/transtornos-mentais-podem-ter-maior-recorrencia-pos-pandemia/ https://www.cofen.gov.br/brasil-enfrenta-uma-segunda-pandemia-agora-na-saude-mental/ https://www.paho.org/pt/noticias/9-6-2023-saude-mental-deve-estar-no-topo-da-agenda-politica-pos-covid-19-diz-relatorio-da#:~:text=Em%202020%2C%20durante%20a%20pandemia,14%25%20no%20in%C3%ADcio%20de%202023 https://pebmed.com.br/transtornos-mentais-apos-alta-por-covid/ https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/11/13/medo-de-sair-e-interagir-apos-isolamento-conheca-a-ansiedade-social.htm https://radios.ebc.com.br/tarde-nacional/2020/07/sindrome-da-cabana-quando-o-medo-de-sair-de-casa-se-transforma-em-doenca https://www.em.com.br/app/noticia/saude-e-bem-viver/2021/06/27/interna_bem_viver,1279922/sindrome-da-gaiola-gera-medo-e-ansiedade-de-sair-de-casa.shtml https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/covid-19-medo-de-sair-de-casa https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/depressao-ansiedade-e-estresse-aumentam-durante-a-pandemia/ https://www.vittude.com/blog/graficos-para-entender-como-covid-19-afetou-nosso-bem-estar/

  • Escolas de João Pessoa estão entre as 49,9% do Brasil que não avançaram na educação antirracista

    Lucian Silva, responsável pelas ações da prefeitura de João Pessoa, afirma que o projeto de educação antirracista “Não Vingou” Por André Pereira Anna Vitória Lopes Gustavo Lipe Sérgio Alves Em um momento em que a sociedade clama por uma educação mais inclusiva e igualitária, a questão da educação antirracista ganha destaque. Em resposta a essa demanda, a Prefeitura de João Pessoa lançou em 24 de maio de 2022 o programa Ação Escola Antirracista, em parceria com a Secretaria de Educação e Cultura (Sedec) e a Coordenadoria de Promoção à Cidadania LGBT e Igualdade Racial. No entanto, apesar dos esforços municipais, nossa apuração junto à Secretaria de Educação de João Pessoa revelou que o projeto enfrenta dificuldades e ainda não foi implementado conforme o planejado. Dados nacionais da ONG Todos Pela Educação mostram que as escolas de João Pessoa estão entre as 49,9% de todo Brasil que não avançaram na educação antirracista. Esse dado alarmante reflete uma tendência de declínio nos índices de educação antirracista desde 2015, quando atingiram o patamar mais alto de 75%. A falta de continuidade em projetos e iniciativas tem contribuído para essa queda ao longo dos anos. Além disso, uma pesquisa conduzida pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC), em 2023, contratada pelo Projeto SETA e pelo Instituto de Referência Negra Peregum, corrobora com a urgência de medidas eficazes no ambiente educacional. 3,8 a cada 10 sofreram violência nas escolas O estudo, intitulado "Percepções Sobre o Racismo", revelou que o ambiente escolar figura no topo da lista de locais em que os brasileiros mais afirmam ter sofrido violência racial. Dos dois mil entrevistados pelo IPEC, a cada 10 pessoas que relataram ter sido vítimas de racismo no Brasil, 3,8 foram alvo de violência em escolas, faculdades ou universidades. A lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, representa um marco legislativo importante. No entanto, apesar dessa legislação, o projeto lançado pela prefeitura de João Pessoa enfrenta desafios significativos. Lucian atribuiu a falta de avanço do projeto às limitações da coordenadoria, mas enfatizou que a gestão reconhece a importância de desenvolver outras ações em prol da educação antirracista e da implementação da lei 10.639/03. R$ 20 mil para projetos de Letramento Racial Nós apuramos que o Governo do Estado da Paraíba lançou o Edital nº033/2023, divulgado pela Secretaria de Estado da Educação, e que já está em andamento, com inscrições encerradas em 29 de fevereiro. O edital estabelece as normas para seleção de projetos de escolas da Rede Estadual de Ensino que promovam o Letramento Racial da comunidade escolar, com fomento ao desenvolvimento da iniciativa “Minha Escola é Antirracista”. Serão selecionados 50 melhores projetos desenvolvidos por escolas de todas as Gerências Regionais de Ensino, que receberão aportes financeiros de até R$ 20 mil para implementação dos projetos. A promoção da educação antirracista é fundamental para combater a discriminação e promover a igualdade de oportunidades na sociedade. Ao incorporar conteúdos que valorizam a diversidade étnico-racial, as escolas contribuem para a formação de cidadãos críticos e conscientes de suas responsabilidades sociais. Além disso, a educação antirracista ajuda a desconstruir estereótipos e preconceitos enraizados na sociedade, promovendo o respeito e a valorização da pluralidade cultural. Investir nesse tipo de educação não apenas fortalece a democracia, mas também é essencial para construir uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.

  • Evasão escolar por gravidez na juventude aumenta em 8.2% nas escolas públicas

    Por Ana Vitória Andrade Anna Marissa Lopes Anna Rafaela Athayde O número de jovens e adolescentes que engravidaram na região metropolitana de João Pessoa subiu no decorrer dos últimos anos. Entre 2020 e 2022, foram registradas mais de 12 mil gestações entre jovens de 12 e 20 anos de idade. O Instituto Cândida Vargas revela uma estimativa de 5 mil partos por ano na Capital e a Secretaria Estadual da Saúde (SES) registrou mais de 100 casos de gravidez entre jovens e adolescentes de até 14 anos nos últimos cinco anos. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de gravidez é maior para as meninas que estudam em instituições públicas (8,4%) em comparação com as instituições privadas (2,8%). O gerente do IBGE em João Pessoa, Marco Antonio Ratzsch Andreazzi afirmou que “a gravidez na adolescência é um dos fatores mais importantes para a evasão escolar. Os dados da pesquisa mostram uma diferença expressiva entre os números de quem estuda em escola pública e os de quem frequenta a rede privada”. Nas escolas privadas, os pais podem contar com maior poder aquisitivo, possibilitando que as jovens tenham acesso a mais recursos como assistência médica, aconselhamento e programas que auxiliem no apoio da educação. Por outro lado, nas escolas públicas, essas mães podem enfrentar maiores desafios devido à falta de recursos. Além disso, por mais que esteja presente dos dois lados, o estigma social em torno da gravidez na adolescência pode ser mais evidente em ambientes escolares públicos. Grávida aos 14 anos Um exemplo disso é o que aconteceu com a estudante entrevistada nesta reportagem, que contou como não recebeu nenhum tipo de apoio vindo da escola e pensou diversas vezes em abandonar a instituição devido à falta de incentivo para que continuasse comparecendo às aulas. Grávida aos 14 anos, a jovem que prefere não se identificar por questões de segurança, contou que inúmeras vezes pensou em abandonar a escola e só não o fez porque sonha em se formar no Ensino Médio. O percentual de casos de gravidez na adolescência vem caindo na Paraíba, mas, infelizmente, alguns casos ainda ocorrem. “Quando eu descobri, minha única reação foi chorar muito e pensar que eu tinha estragado minha vida”, contou a jovem. Assim como ela, outras meninas que passam pela mesma situação foram buscar acompanhamento no Instituto Cândida Vargas (ICV), referência nos assuntos de gestantes e recém-nascidos. A jovem contou que todo o apoio que está sendo negado pela escola encontrou no ICV. Ao ser perguntada sobre receber apoio da escola em sua situação, o relato é de não querer voltar mais. “Não tive apoio nem da escola nem das minhas amigas”, lamentou a jovem. Ela contou, ainda, que o apoio da família vem sendo fundamental nos primeiros meses de gestação. Ausência de apoio da gestão escolar Um dos perfis que mais abandonam a escola é o de jovens que engravidam na adolescência, tendo em vista que muitos são os desafios durante essa fase. Alguns dos motivos para desistir da escola durante a gravidez é a falta de compreensão por parte da instituição, dificuldades em conciliar os assuntos com as demandas de cuidar da casa, realizar exames e ir às consultas. Sem falar do preconceito e das questões emocionais que as jovens enfrentam nesse momento. Além desse conjunto de fatores, a jovem também salientou que a gestão escolar tem falhado na tentativa de promover um ambiente favorável para que os jovens permaneçam na escola e consigam concluir seus estudos. “Se houvesse mais inclusão, assistência e recursos, certamente o cenário estaria mais perto do ideal e o abandono escolar seria menos frequente”, enfatizou. Fontes https://www.joaopessoa.pb.gov.br/servico/instituto-candida-vargas/ https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/09/10/gravidez-na-adolescencia-e-mais-frequente-em-escolas-publicas-e-no-nordeste.ghtml https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/abandono-evasao-escolar/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjw17qvBhBrEiwA1rU9wy2fzrBaSlAY22YGuX15PoVp1AX9IYnjclzAYaBwCdOarOs7yK7QNhoC1_oQAvD_BwE

  • Paraíba ocupa o 7° lugar no ranking de desocupação do Brasil

    Por Adrielly Torres Beatriz Paulino Mariane Nascimento A Paraíba está em 7° lugar no ranking de desocupação no Brasil, totalizando cerca de 44 mil pessoas desempregadas no estado. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do 4° trimestre de 2023, a taxa de desocupação é de 10,6%, que indica um aumento em relação à taxa de 9,6% do 3° trimestre do mesmo ano. Na Capital paraibana, a taxa de ocupação, de acordo com a divulgação das pesquisas do mesmo órgão, cresceu em 0,1% do 3º trimestre ao 4º trimestre de 2023. Ainda que a entrada de pessoas no mercado de trabalho tenha crescido, o declínio na desocupação vem crescendo muito mais, isso porque muitos serviços exigem qualificação profissional, há a falta de políticas públicas e investimentos em relação aos serviços para a população. 3ª pior situação do Nordeste Um dado ainda mais alarmante é que a Paraíba ocupa o 3° lugar no ranking de desocupação do Nordeste, segundo a mesma pesquisa. A população afetada criou um sentimento de preocupação e instabilidade em seu cotidiano, o que consequentemente apresenta um crescimento no número de pessoas em situação de vulnerabilidade. Esses impactos não afetam apenas as famílias que não têm mais suas principais fontes de renda, como também afeta a economia da região, que apresenta substanciais negativos no consumo, no desenvolvimento social, como também, na arrecadação de impostos. É importante observar também que muitas dessas pessoas que não encontram oportunidades dentro do mercado de trabalho acabam recorrendo a empregos informais. Vulnerabilidade no Centro da Capital Ao visitar o Centro de João Pessoa, capital da Paraíba, é possível observar a grande quantidade de ambulantes ao redor do Parque Solon de Lucena, um ponto de grande fluxo de pessoas diariamente. Essa é a saída que muitos encontram para se sustentar e sair das estatísticas de desocupação, mas, infelizmente, nem todos conseguem uma renda mensal que dê para suprir todas as suas necessidades. "Nós estamos passando por uma situação muito difícil, estamos passando fome", disse Flávio do Rego Filho, que expõe sua agonia nos dias que não consegue comprar pão para ele e sua mãe, Antônia do Rego, se alimentarem. Flávio relata que não gostaria de estar nessa situação de suplicar por dinheiro para pessoas no Centro da cidade, especificamente na Lagoa (Parque Solón de Lucena) mas não consegue ver outra oportunidade para sustentar a si e sua mãe cadeirante de 81 anos. Ele ainda diz que a falta de oportunidades de emprego não afetou apenas o seu lar, mas também o de milhares de pessoas como ele e que se apega na sua fé em Deus e na esperança de um futuro melhor para ele e sua mãe. Assim como os dois, vemos diariamente pessoas não apenas na Lagoa, mas em vários pontos movimentados na cidade, em busca de ajuda financeira já que não enxergam outra alternativa naquele momento. Apesar das últimas notícias na capital Paraibana serem de que foram abertos 984 novos postos de empregos com carteira assinada, os dados em relação ao desemprego ainda preocupam, levando em consideração a dificuldade que determinados grupos invisibilizados pela sociedade têm de conseguir de fato entrar no mercado de trabalho. Esse é um retrato da nossa realidade em que vemos o quão preocupante é a falta de oportunidades que essas pessoas encontram em suas vidas. Muitas não tiveram uma boa escolaridade, o que torna esse um árduo caminho. Diante disso, ficam claros os impactos que a desocupação provoca na vida dos paraibanos. É evidente a necessidade de órgãos públicos e entidades privadas estimulem a geração de empregos. Essas medidas poderiam mudar a realidade de milhares de paraibanos que se encontram em situação de vulnerabilidade, como Flávio e sua mãe Antônia. Além de auxiliar na recuperação econômica e social de toda a Paraíba.

  • Blog de Jornalismo de Dados da UFPB está no ar

    Por Marcelo Rodrigo “Jornalismo de Dados UFPB” é um blog destinado à produção e veiculação de reportagens experimentais produzidas pelos estudantes da disciplina de "Técnica de Reportagem em Base de Dados" do curso de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), ministrada pelo Prof. Dr. Marcelo Rodrigo. Nesta temporada, foram produzidas duas rodadas de pautas. A primeira produzida em grupo e a segunda individualmente. Os estudantes pensaram suas pautas, pesquisaram em bases de dados e realizaram o tratamento das informações com auxílio de aplicativos e de Inteligência Artificial (IA). Além das bases de dados abertos disponíveis na internet, os estudantes também recorreram ao recurso da Lei de Acesso à Informação (LAI) para solicitar dados específicos às Assessorias de Imprensa de órgãos e instituições pública. Os resultados das atividades são compartilhados neste blog. O principal objetivo do blog Jornalismo de Dados UFPB é divulgar a produções experimentais dos estudantes da disciplina de "Técnica de Reportagem em Base de Dados", do curso de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Também tem como objetivos específicos: 1) estimular a pesquisa e produção discente para o jornalismo em base de dados; 2) fomentar o exercício prático experimental dos estudantes de jornalismo em base de dados; e 3) aproximar a vivência acadêmica das práticas do mercado de trabalho jornalístico.

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